terça-feira, 27 de abril de 2010

Petiscos do dia - 27 de abril

Política da roda presa não pode voltar, diz Dilma: em um encontro com caminhoneiros ocorrido em Brasília nesta terça-feira, 27, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, fez uma análise da importância dos profissionais para a economia brasileira e destacou as políticas públicas para o segmento, desenvolvidas ao longo do governo Lula. A petista fez um balanço da importância das obras do PAC para a melhora das rodovias brasileiras, o que beneficiou diretamente a classe dos caminhoneiros.

Dilma também aproveitou para relembrar que a categoria ficou praticamente “abandonada” durante o governo FHC, que não implementou políticas públicas para o segmento. “Tenho certeza que vocês não vão permitir a volta do atraso e da estagnação. Não vão deixar que isso aconteça. Se o Brasil para não tem desenvolvimento. O Brasil precisa impedir a volta da política da roda presa que colocou o país no acostamento e que nos paramos com ela. O país está crescendo e vocês não podem parar”, afirmou a ex-ministra.

Sobre a melhora das rodovias, a pré-candidata afirmou: “Nós buscamos recuperar o atraso de décadas dessas estradas. Quero ser testemunha de que o presidente Lula sempre se preocupou onde os caminhoneiros fazem as paradas, onde podem dormir com segurança. Entre 2007 e 2009 construímos 5.000 km de rodovia, investimos R$ 27 bilhões”, apontando também a necessidade de um maior aporte de crédito para o segmento. “Nós temos que fazer com que o crédito chegue a vocês. O Brasil precisa de caminhões novos, a sociedade precisa disso e, além disso, o ar que a gente respira precisa de caminhões novos, de menos emissões, menos prejuízo ao meio ambiente. Por todos os motivos é imprescindível que essa política”, afirmou Dilma.

A ex-ministra ainda destacou: “o sistema precisa de vocês. Vocês fazem parte de um sistema estratégico para o comércio, para a distribuição, para a indústria e serviço do nosso país. Por trás de tudo isso, o governo Lula tem uma política que não vê só asfalto, concreto, mas seres humanos”. Em resposta a Dilma, o presidente da União Brasil Caminhoneiro, Nélio Botelho, afirmou: “estamos aqui para retribuir tudo que a senhora fez para nós. Todas as nossas entidades estarão sendo convocados a dedicar atenção especial a senhora. A senhora pode contar com os caminhoneiros”.

Mercadante critica “abuso dos pedágios” em rodovias de SP: em seu discurso da abertura do Congresso Nacional do Sindact (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga) e do Movimento União Brasil Caminhoneiro, nesta terça-feira, o pré-candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo destacou que o “abuso dos pedágios” e o trânsito caótico de São Paulo são grandes problemas para a população em geral e, principalmente, para os trabalhadores dos transportes de cargas. Mercadante aproveitou para equiparar o custo anual do pedágio com o valor gasto em combustível pelos caminhoneiros.

“Temos que acabar com o abuso dos pedágios. Um caminhão com seis eixos, por exemplo, que ande exclusivamente no Estado tem um gasto de R$ 117 mil de diesel e R$ 115 mil de pedágio”, disparou o pré-candidato ao governo paulista. Sobre o problema no trânsito na capital paulista, Mercadante foi taxativo: “o paulistano enfrenta em média um congestionamento de 2h43min. Se multiplicarmos por um ano, perde 35 dias parado no trânsito”.

Mercadante também aproveitou o seu discurso para esclarecer que as obras do Rodoanel contaram com a participação do governo federal: “temos que acelerar o Metrô, recuperar a malha ferroviária, concluir o Rodoanel que o governo federal participou para que vocês tenham condições”. Em uma entrevista concedida ao jornalista José Luiz Datena na segunda-feira, 26, o ex-governador de SP e atual postulante à Presidência da República, José Serra, afirmou que o trânsito das marginais melhoraram após a construção do trecho sul do Rodoanel.

Analfabetismo deve ser erradicado até 2022: de acordo com o ministro de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, o analfabetismo deverá ser totalmente erradicado do Brasil até 2022. Esse é um dos objetivos do Plano de Metas setoriais para o ano de 2022, quando o Brasil comemorará o bicentenário de sua independência política. O documento está em fase final de elaboração e deve ser entregue ao presidente Lula no dia 30 de junho deste ano.

Durante a apresentação de algumas das metas nesta terça-feira, o ministro afirmou que “se nós crescermos a taxas elevadas, naturalmente o governo vai dispor de maiores recursos para aplicar no sistema educacional. Uma das áreas ainda não exploradas são todas as extraordinárias reservas do pré-sal”. De acordo com Guimarães, “já se fala hoje em dia de [crescimento anual de] 6% a 6,5%. Portanto, nós temos que ter isso como nossa meta. Isso é uma questão que se coloca como uma necessidade”.

Uma das outras metas constantes no documento diz respeito à política ambiental na região amazônica: até 2022, deve-se zerar o desmatamento da Floresta Amazônica, segundo consta no programa.

Site de aliado a Serra traz texto falso de Marília Gabriela: a apresentadora e jornalista Marília Gabriela desmentiu nessa terça-feira que um texto publicado no site do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA), aliado a Serra, seja de autoria dela, como apontava o site. A jornalista afirmou que o texto não tem “nada a ver” com ela e que ela tomará as medidas judiciais cabíveis, segundo matéria publicada no site Terra Magazine.

No texto reproduzido pelo site do deputado Aleluia – e atribuído falaciosamente a Marília Gabriela - são desferidos vários ataques contra a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff: “vou confessar: Morro de medo de Dilma Rousseff. Esse governo que tem muitos acertos, mas a roubalheira do governo do PT e o cinismo descarado de Lula em dizer que não sabia de nada nos mete medo. Não tenho muitos medos na vida,além dos clássicos: de barata, rato, cobra”.

O texto ainda diz que “Dilma personifica, para mim, aquele pai autoritário de quem os filhos morrem de medo, aquela diretora de escola que, quando se era chamada em seu gabinete, se ia quase fazendo pipi nas calças, de tanto medo”. Marília Gabriela afirmou aos repórteres do Terra Magazine: “isso não é novo. Começaram há dois meses. O Carlos Brickman, no Observatório da Imprensa (em março), desmentiu. Mas não adiantou. Sou uma jornalista inteligente, tenho uma carreira de 40 anos. Só se eu fosse maluca! Não sou ligada a nenhuma rede social”.

A jornalista ainda destacou que “[o texto] não tem nada a ver comigo, não escrevo daquela forma, não tem meu estilo. Qualquer pessoa criteriosa vai perceber que uma jornalista como eu não iria fazer isso, assumir uma gracinha dessas. Eu vivo de entrevistas. Gostaria de entrevistar todos os candidatos. Não cometeria essa estupidez”. No meado da tarde, a assessoria do deputado Aleluia retirou o texto do ar.

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