segunda-feira, 5 de abril de 2010

Petiscos do dia - 5 de abril



“Debate em torno da ética é bom para nós”, diz Dilma: em entrevista concedida ao jornal Estadão e publicada nesta segunda-feira, 5, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, declarou não temer os ataques da oposição ao governo Lula no que se refere ao combate à corrupção. Na quarta-feira, 31 de março, o pré-candidato tucano, José Serra, sinalizou, em seu discurso de despedida do Palácio dos Bandeirantes, que o debate da sucessão presidencial deveria ser travado em torno da ética.

Dilma, por sua vez, declarou que “se teve um governo que levantou o tapete, foi o governo Lula. Antes não apareciam denúncias, porque ficavam debaixo do tapete, ninguém apurava”. A petista ainda afirmou que “esse debate é muito bom para a gente. Pode olhar tudo o que foi feito. Nunca se esqueça que foi a CGU quem descobriu a máfia dos sanguessugas. Tudo foi feito pela CGU, combinado com a Polícia Federal”, referindo-se às fraudes que foram descobertas no ministério da Saúde e tiveram início em 2001, justamente quando Serra comandava a pasta.

A pré-candidata do PT também criticou a postura da Procuradoria-Geral da União durante a gestão FHC: “acabamos com a figura do engavetador-geral. Onde está o engavetador? A União não engaveta mais nada. Nos sentimos muito à vontade em fazer essa discussão”. Sobre os ataques da oposição, Dilma disparou: “se me perguntarem se isso rende frutos, acho que não rende. Eles pensaram que ia render em 2006. Acho que eles não podem ter só esse discurso. Vão ter que mostrar qual é a proposta para o Brasil não viver estagnado”.

Dilma alfineta Serra: nessa mesma entrevista, a ex-ministra chefe da Casa Civil ainda alfineta o ex-governador Serra. “O Serra que me desculpe, mas ele não foi só ministro da Saúde. Foi ministro do Planejamento. Planejou o quê, hein? Ali, se gestou sabe o quê? O apagão. O apagão que eu falo é o racionamento. Porque o pessoal usa um pelo outro. Racionamento é ficar oito meses sem energia”, disparou Dilma.

Indagada sobre a educação, a pré-candidata do PT disse que “vamos ter que aumentar ainda mais os investimentos. Não vou dizer porcentual porque não sou doida, mas dá para aumentar progressivamente os investimentos. Não podemos esquecer que teremos recursos da exploração do pré-sal”. Dilma também destacou o grande salto que foi dado na área de Saúde, com a construção das UPAs (Unidades de Pronto Atendimentos), que serviram para reduzir bastante as filas antes gigantescas nos hospitais.

PT-SP pretende pulverizar campanha no Estado: uma das estratégias do PT paulista para vencer o favoritismo do tucano Geraldo Alckmin na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes será pulverizar a campanha no Estado. Neste sentido, o candidato ao governo Aloizio Mercadante e a candidata ao Senado, Marta Suplicy, devem fazer suas agendas diárias de campanha separadamente.

De acordo com o presidente do PT paulista, Edinho Silva: “Iremos organizar as agendas e cobrir duas, três regiões do Estado ao mesmo tempo, porque ninguém precisa explicar quem é Marta, Mercadante e Suplicy, ao contrário deles (tucanos). Enquanto eles têm só o Alckmin em condições de criar agenda, nós temos três lideranças”. As decisões foram tomadas em reunião da Executiva do PT-SP nesta segunda-feira, em São Paulo.

Sérgio Guerra será coordenador da campanha de Serra: O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, admitiu nesta tarde, por meio do serviço de microblogs Twitter, que será o coordenador da campanha de José Serra à sucessão presidencial. “Me perguntam se serei coordenador da campanha do Serra. Sim, eu serei”, declarou Guerra no seu twitter nesta tarde.

O lançamento da candidatura de Serra ocorrerá no próximo sábado, dia 10, em um evento denominado “Encontro dos Partidos”, no qual estarão presentes, além das lideranças tucanas, os caciques do DEM e do PPS. A idéia é passar a impressão de que a oposição está unida em torno da candidatura de Serra.

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