sábado, 27 de novembro de 2010

Críticas às ações da Polícia no Rio diluem-se diante do apoio popular à ofensiva do governo

Capa do Jornal "Extra", de 27/11/2010

Assim como não restam dúvidas de que o tráfico cada dia mais perde força e se desarticula frente à ofensiva do poder público no Rio de Janeiro, sobretudo após as bem-sucedidas ações do Governo fluminense ao longo dessa semana, também se enfraquecem as vozes contrárias à ação militar para combater os bandidos que promovem sucessivos ataques na cidade desde o início da semana. Se nunca no Rio de Janeiro havia se visto uma ação tão firme do poder público para reocupar áreas antes dominadas pelo tráfico, também nunca se viu tamanho apoio da população à ação do governo e da Polícia contra a bandidagem.

Diversos setores da sociedade, inclusive os moradores das próprias comunidades onde estão sendo feitas as operações policiais, vem expressando, de diversas maneiras, seu maciço apoio às ações do governo do Rio. Chamou atenção, por exemplo, a boa receptividade dos moradores do Complexo da Penha aos policiais do BOPE que reocuparam a área, há anos dominada pelo tráfico, na quinta-feira. De uma maneira geral, o sentimento dos moradores foi de alívio e esperança, já que tinham suas vidas de certa forma regradas pelos traficantes. Em uma carta entregue a uma repórter da Rede Globo neste sábado, uma moradora da região descreve seu sentimento após a ação da Polícia com a palavra “liberdade”.

Esmagadora maioria da população apóia ações
É interessante notar que, mesmo a ofensiva do poder público tendo o apoio da esmagadora parcela da população, ainda há quem critique as operações da Polícia no Rio de Janeiro. São sobretudo pessoas da extrema esquerda e da extrema direita que assumem uma crítica vazia e totalmente sem fundamento, baseadas, talvez, no velho ranço da “crítica pela crítica”. As redes sociais – sobretudo o Twitter – são, nesse sentido, terreno fértil para que tais manifestações contrárias à ação do governo fluminense apareçam, devendo-se destacar contudo que cada dia com menor frequência, haja vista que até mesmo nas redes sociais o apoio à ação do Governo Sérgio Cabral é amplo.

Entre esse reduzido grupo que critica as ações tomadas pelo governo, os argumentos para justificarem suas posições seguem mais ou menos um padrão. Tentam, por exemplo, desviar o foco do problema real que o Rio de Janeiro está passando para argumentarem que essa situação é resultado de anos de um Estado omisso. Ora, isso todos sabemos e pouquíssimas pessoas discordariam. Mas o que o poder público está fazendo agora é justamente adotar uma linha que governos anteriores já deveriam ter tomado, mas que não tiveram coragem ou vontade de fazer. Dizer que o Estado é o verdadeiro culpado pela onda de crimes no Rio de Janeiro também é um argumento um tanto quanto frouxo.

O Estado seria culpado se estivesse conivente com a criminalidade, o que não é o caso. A revista Isto É, em sua edição dessa semana, diz na sua reportagem de capa: “com um tiro certeiro de cidadania e autoridade, o governo do Rio de Janeiro conseguiu finalmente alvejar um inimigo que há décadas aterroriza a população do Estado (...). O inimigo que foi gravemente ferido é o crime organizado. Ao instalar as UPPs em favelas, o governador Sérgio Cabral rompeu com a ordem até então vigente nas comunidades carentes: a violência dos bandidos é que determinava o que podia ou não ser feito. As armas eram a lei e o crime organizado detinha o controle territorial”.

Há o argumento também de que essas operações têm um alcance limitado e penalizam apenas os “trabalhadores” do tráfico, mas não conseguem chegar aos chefões, que, segundo os que defendem essa posição, não moram nas comunidades, mas sim no asfalto, em bairros nobres da cidade. Ora, ainda que isto seja verdade, não invalida as operações da Polícia para capturar os criminosos que estão a serviço dos “peixes-grandes”. Além do mais, é natural que a captura de grandes chefões do tráfico exijam um tempo maior, uma vez que é produto direto de investigações profundas do serviço de inteligência da polícia. O que se quer dizer aqui é o seguinte: se este argumento for verdadeiro, ainda assim não inviabiliza as ações da Polícia.

Outro discurso que se vê recorrentemente entre os críticos das ações do governo fluminense é o de que esse tipo de operação da Polícia deixaria um grande saldo de mortes de inocentes. Bem, a realidade mostrou exatamente o contrário. Na noite de quinta-feira, o Secretário da Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, deu uma entrevista coletiva em que deixou claro que o objetivo da reocupação dessas comunidades pela Polícia não é disparar tiros e matar criminosos, mas sim retomar o território e prender os bandidos. Agora, como dito por Beltrame, se esses criminosos oferecerem resistência e reagirem à ocupação pela Polícia, logicamente haverá reação dos policiais, mas sempre tomando o cuidado de preservar a vida dos civis.

E é exatamente isso que temos visto ao longo das ocupações. Estamos vendo uma Polícia que está agindo implacavelmente contra a bandidagem, mas sem o intuito de “chegar atirando” e promover uma carnificina nestas áreas. Prova maior disso é a possibilidade de rendição dada pela Polícia neste sábado aos bandidos que se refugiaram no Morro do Alemão desde quinta-feira. De acordo com a Secretaria de Segurança, estima-se que por volta de 500 a 600 bandidos estejam escondidos no Complexo do Alemão. Para evitar um derramamento de sangue na região, o Comandante da Polícia Militar do Rio, Coronel Mário Sérgio, deu aos bandidos a oportunidade de se entregarem e pouparem suas vidas, que estariam logicamente sob ameaça num confronto com a polícia.

Logo, é falacioso esse discurso de que as ações do governo do Rio promoveriam um “banho de sangue” de inocentes, pois até aqui não é isso que se tem visto. O que vemos, ao contrário, é uma série de operações muito bem sucedidas da Polícia do Rio em conjunto com as Forças Armadas, que deverão restabelecer a ordem em uma cidade que há décadas vem sendo vítima da ação de grupos criminosos. Não há dúvidas de que estamos diante da possibilidade real de um novo Rio de Janeiro daqui para frente: um Rio em que a população mais carente, a maior vítima da ação dos traficantes, não sofrerá mais nas mãos do crime organizado. O Rio que renasce depois dessas ações do Estado é certamente um Rio que terá cada vez mais razões para ser chamado de “cidade maravilhosa”!

3 comentários:

  1. PARABÉNS AOS CARIOCAS POR ESTA EMPREITADA. APOIO SIM O QUE TEM SIDO FEITO, E JÁ NÃO ERA SEM TEMPO. CHEGA DE VIDA BOA PRA BANDIDO. O RIO E O BRASIL É DOS CIDADÃOS DE BEM. BANDIDOS ENTERREM-SE NOS BURACOS DE ONDE VCS NUNCA DEVERIAM TER SAÍDO, VCS SÃO ESCÓRIA, RATOS, E DEVEM SER TRATADOS COMO TAL.CHEGA DE TRATÁ-LOS COMO VITIMA, QUANDO AS VÍTIMAS SÃO AS COMUNIDADES REFÉNS DESTES MARGINAIS, E A SOCIEDADE QUE A TUDO ASSISTE INERTE, SEM NADA FAZER.TRABALHO NA CADEIA PRA VCS PAGAREM POR SUA COMIDA E ROUPA, E NADA MAIS DEVE LHES SER DADO. CHEGA DA SOCIEDADE PAGAR TÃO CARO O PREÇO DE SUAS EXISTENCIAS INFAMES.PARABÉNS BRASIL. QUE ISTO SE TORNE ROTINA EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL, ATÉ ELES ENTENDEREM QUE O MUNDO NÃO OS PERTENCE E NEM VIDAS INOCENTES, E NEM BENS DE PESSOAS DECENTES QUE TRABALHAM HONESTAMENTE PRA ADQUIRI-LOS.BANDIDO É BANDIDO E COMO TAL DEVE SER TRATADO. QUEM QUER FLORES E RESPEITO, NÃO VIVE A MARGEM DA LEI.

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  3. Quero ver os pseudo "ARTISTAS DO 'GUETO'" escreverem letras, agora, apoiando a ação das forças militares... Pois até então, como o bom é vender discos e shows - e com a população apoiando as ATITUDES - muitos vão ter de mudar de "assunto" quando forem falar das comunidades... Tá ligado "O Rappa", "MC's" do funk e cia?

    FACA NA CAVEIRA!!!

    Me pergunto se foi um filme que motivou a ação OU mudou a visão do povo quanto aos policiais! Tanto faz! Sendo originário de Belford Roxo/RJ e tendo visto e vivido muita coisa... pela primeira vez na vida de 35 anos, estou orgulhoso da POLÍCIA CARIOCA e todas as outras "armas" que estão ao lado dela!

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